Acredito nessa ideia de que é o autor em prosa o responsável por matar com as palavras a angústia genuína atada ao peito. Letra após letra, desfazendo no ar os dizeres indiziveis, Quem me disse isso foi Manoel de Barros, poeta de inspiração em meus artifícios de matança. Arsenal de pistolas, rifles e escopetas enderaçadas a mim por esta figura são de proveito diário. Também me apoiei nas renúncias do serial killer Robert Zimmerman, objeto das percepções passageiras. Esse que é considerado um dos maiores poetas da atualidade, desde sua geração até a contemporaneidade. Talvez não o conheçam por esse nome. Por que esse não é seu nome verdadeiro. Sua verdade é dita através do estrategista e aniquilador Bob Dylan.
E como eles, não me reconheço como esse que os diz por aí, nos grupos de amigos. Sou Erico, sou Beto, mas nunca Cesar. Sou esse que vocês não enxergam na carne, sou o outro que dá as caras quando o imperceptível me atravessa e diz por mim o impossível na ponta da caneta. Cadernos rasurados, riscados, desenhados, prosaícos e poetizados anunciam ao mundo para o que eu vim, impedindo que o corpo material consuma suas vontades imperiosas.
Eu não reconheço o desejo de matar nesse corpo que vocês veem. Esse objeto é humano demais. Exponho através da matança dum sujeito que esta a merce da verdade encalacrada num corpo de passagem. A passagem é breve, apesar. Rotineira e lenta. Ainda que breve. E como dito, matar com as palavras aquilo que um dia se passou despercebido, não é para tantos, e tantos se arriscam. É preciso colhão, daqueles que homem nenhum tem. A não ser as mulheres em sua infinidade mística
A isso proclamo a chegada da nova era. A era de Joanne. Poeta do velho cangaço, procurada por assassinar sem dó seus ódios interiores, trucidar os homens nojentos e exterminar a partir do ódio a razão descabida de vocês, paus pequenos e insatisfeitos. Pode parecer uma epopeia americana de bang bang, mas não. É só mais uma das facetas que aqui se fazem (des)presentes.
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